domingo, 12 de abril de 2015

Lev da Saraiva

Como já havia comentado, comprei um Lev com luz da Saraiva/Bookeen. Bem, ele chegou há uns dez dias e foi direto ao trabalho, sem férias. Com isso quero dizer que usei-o somente para ler textos referentes ao mestrado, ainda não li nenhum livro "não acadêmico" nele.


Quando ele chegou, até postei uma foto no Instagram brincando com a possibilidade de começar a ler as crônicas de gelo e fogo, mas claro que os livros do George R. R. Martin são uma meta para depois do mestrado. 
Mas, voltando ao assunto, nestes 10 dias li bastante no aparelhinho, e não por coincidência, só textos em PDF, que é o formato da grande maioria dos textos que leio/estudo. Ele possui um sistema Linux embarcado e uma versão mobile do Acrobat Reader, o que permite que leia PDF com recursos bem interessantes. Além da opção "Reflow" que reformata o texto em uma aparência parecida com um ePub, ele permite cortar as margens e mostrar somente o texto. Até agora, entre ele, o Kindle e o Kobo, o Lev é o melhor para ler PDF.
As outras funções do e-reader também não fazem feio. A tela é boa, e segundo meu cérebro, tem um tom pendendo para o sépia muito confortável. A resolução torna o texto bem nítido. A luz de leitura, embora eu tenha achado que inicia um pouco forte demais, cumpre bem seu papel, não cansa os olhos e não pende muito para o azul.
As funções de configuração de texto e layout são bem honestas, permitem trocar as fontes (já li que posso instalar fontes nele, mas ainda não testei), margens, alinhamento, espaçamento de linhas e tem uma função nativa que não encontrei em outros leitores (pelo menos sem hack), que é o modo noturno.
Quanto as marcações e anotações, elas são meio estranhas, depois de marcar não tem como ajustar (não gostei), tem que acertar de primeira. O teclado virtual é meio insensível de vez em quando, mas no geral funciona. A possibilidade de exportar os destaques está prometida para a próxima atualização, vamos ver... Por enquanto, extraio do arquivo .annot, criado internamente no leitor quando destacamos algum texto ou anotamos (depois passo a dica).
Até o momento não tive problemas com ele, consegui passar meus livros em ePub do Kobo para o Lev, e também meus arquivos em PDF. Ele não travou (toc, toc, toc), a bateria não descarregou rápido demais, e a velocidade do dispositivo é bem razoável para um e-reader.
Avaliação geral? Gostei muito! Não me arrependi da compra, mas tenho consciência das limitações do aparelho, o que me permite ter uma boa experiência com ele. Nota 8,5.

sábado, 4 de abril de 2015

Modificações no Kobo

Nos últimos dias fiz algumas modificações no Kobo Touch. A primeira delas contei no post anterior, de acordo com o artigo "Como exportar destaques feito no Kobo", fiz o procedimento para ter a função de salvar as notas e as marcações dos meus livros em texto. Agora tenho mais essa opção no menu de contexto.


A segunda, foi a adição do modo noturno ao Kobo Touch, como ele não tem comfort light é uma função que até não teria muita utilidade. Mas não é que tem, mesmo sem retroiluminação a possibilidade de ler com a página em preto e as letras brancas melhora bastante a leitura sob pouca luz (com uma luz de leitura por exemplo). 


As duas modificações funcionaram perfeitamente no meu Kobo, mas claro, se forem tentar, um backup e sincronização antes não custa nada.

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Como exportar destaques feito no Kobo

Alguns dias atrás, postei sobre a minha relação com os livros digitais e com o Kobo Touch, meu e-reader atual. Bom, uma coisa que me incomodava nele, era o fato de não poder exportar minhas marcações e anotações dos livros, elas ficavam somente no aparelho, "dentro" dos respectivos livros. E doía ainda mais, porque eu sabia que o Kindle permitia salvar em texto os destaques para uso externo.
Pesquisando na Internet, me deparei com um artigo "Como exportar destaques feito no Kobo".
Só tenho uma coisa a dizer, MEUS PROBLEMAS ACABARAM. Imediatamente mandei uma mensagem ao El Cohen do 4HD agradecendo pela ajuda.
No artigo ele mostra um procedimento a ser feito no arquivo de configuração do e-reader, mas não é nada radical, por via das dúvidas fiz uma cópia do arquivo original antes de modificar. Para tranquilizar quem quiser se aventurar, eu fiz as alterações como manda o artigo e deu tudo certo, sem efeitos colaterais para o Kobo.
Depois da "atualização" do arquivo de configuração, é possível salvar suas marcações e anotações em texto (.txt) e usar em um trabalho acadêmico por exemplo. Eu que o diga, estou escrevendo minha dissertação e há algumas semanas, passei um trabalhão redigitando as citações (marcações) de um livro que li no Kobo, no more, agora posso exportar e colar as citações direto no documento de texto.
Mais uma vez, muito obrigado Roberto! Só tenho um porém, agora que decidi trocar meu Kobo por um Lev da Saraiva me aparece uma facilidade dessas? Poxa, será que não tem um procedimento parecido para fazer no Lev e ele obter essa função? (Não sei se ele já tem, mas pelo que tinha lido, não)

sábado, 28 de março de 2015

Eu e os livros digitais

Tenho lido (e assistido) a uma discussão veemente sobre tablets e e-readers, qual é o melhor para ler, se é um desperdício ter os dois. Para tentar ajudar, resolvi contar a minha experiência com livros e leitores eletrônicos.
Há cerca de dois anos, por conta do mestrado, me mudei de casa para um quarto de estudante e isso causou uma mudança nos meus hábitos de leitura. Sempre gostei de ler e em casa tinha espaço para os meus livros, já aqui não.
Mas, como tinha meu tablet e já havia lido alguns livros nele, achei que não teria problemas em passar dos livros físicos para os e-books. Só que ler um livro de vez em quando no tablet, porque você está viajando ou não o encontrou em versão impressa é uma coisa, pois geralmente você lê dentro de casa, no avião ou a noite em um quarto de hotel.
Agora, quando você passa a ter que ler nele todos os dias, e quer aproveitar o tempo de trajeto do ônibus ou os espaços de leitura da universidade (sob uma árvore ou a beira de um lago por exemplo), a coisa começa a ficar um pouco mais difícil. No ônibus, dependendo do ângulo e do horário, além de você só enxergar reflexo, pode cegar um passageiro que está sentado no outro lado e não tem nada que ver com a história. Sob a sombra de uma árvore ou em uma varanda a leitura já é melhor, mas, basta qualquer nuvem diferente ou uma sombra estranha e você acaba prestando atenção no reflexo e não no texto. Consequência, minha frequência de leitura caiu, principalmente a leitura “não acadêmica”, fora dos livros e textos do curso.
Até então, eu tinha um certo preconceito contra os e-readers, principalmente porque achava um tablet mais completo (com mais funções) e a tela maior (8”, o meu), mas comecei a pesquisar e ver que embora tivessem a tela menor, 6 polegadas em média, a tecnologia era melhor. Dentre as escolhas disponíveis, acabei optando por um Kobo Touch, que além de aceitar vários formatos de arquivo e possuir entrada para cartão micro SD, encontrei em uma promoção na época por R$ 199,00 (o famoso, “para testar”).


Não me arrependi, nesses quase 18 meses ele tem sido um companheiro fiel, já li muitos livros nele (19, segundo a reading life). Como a tela é antirreflexiva e usa a tecnologia e-ink, posso ler no ônibus, ao ar livre, em casa ou na universidade, desde que seja minimamente iluminado, pois ele não tem iluminação própria. Além disso, ele é leve (sim sr. George R. R. Martin, estou pensando em você) e a bateria dura bastante, tanto que as vezes me esqueço de verificar a carga, e mesmo quando ele diz que a bateria está fraca ainda dura umas duas horas ou mais.
É tudo flores então? Não! Apesar dele ter me ajudado muito a voltar a ler (principalmente livros não acadêmicos), há algumas limitações. Textos com gráficos coloridos e arquivos em PDF por exemplo eu continuo lendo no tablet ou no computador, e isso inclui quase 100% dos artigos acadêmicos que leio. Livros de Física são difíceis de encontrar em ePub, muitos pela sua formatação, só impresso. A iluminação na tela é outra coisa que antes de ter um e-reader você não dá valor (livro não é retroiluminado), mas ajuda bastante, e não só para ler no quarto, muitos lugares são mal iluminados e impedem uma boa leitura.
Para tentar resolver a questão dos PDF's e da iluminação da tela, comprei um Lev da Saraiva, que ainda não chegou, quando tiver testado escrevo sobre ele. Mas posso dizer que para quem lê muitos livros em texto, seja por prazer, estudo ou trabalho, um e-reader é uma ótima aquisição. Ele é pensado para quem lê e a tecnologia da tela é ótima, se puder comprar um com retroiluminação melhor, mas mesmo um modelo simples lhe dará uma experiência de leitura mais prazerosa que um tablet (minha opinião).


Diferença de uma página no tablet e no e-reader.